terça-feira, 21 de maio de 2013

Internet na escola e inclusão




FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ – BELO HORIZONTE
CURSO DE PEDAGOGIA
DISCIPLINA: INFORMÁTICA
PROFESSORA: ANA PAULA                          SÌNTESE DE TEXTO
ALUNA: CRISTINA DASILVA RESENDE       6º PERÍODO


2.1. Internet na escola e inclusão
Marco Silva*

A Internet na escola é exigência do novo ambiente de comunicação cultural que surge com a interconexão mundial de computadores em forte expansão no início do século XXI. Novo espaço de sociabilidade, de organização, de informação, de conhecimento e de educação. A educação do cidadão não pode estar alheia ao novo contexto socioeconômico-tecnológico, mas na informação digitalizada como nova infra-estrutura básica, como novo modo de produção. A educação on-line ganha adesão nesse contexto e tem aí a perspectiva da flexibilidade e da interatividade próprias da Internet.
Se a escola não inclui a Internet na educação das novas gerações, ela está na contramão da história, alheia ao espírito do tempo e, criminosamente, produzindo exclusão social ou exclusão tecnológica. Quando o professor convida o aprendiz a um site, ele não apenas lança mão da nova mídia para potencializar a aprendizagem de um conteúdo curricular, mas contribui pedagogicamente para a inclusão desse aprendiz. Essa mediação ocorre a partir de uma ambiência comunicacional não mais definida pela centralidade da emissão, como nos media tradicionais (rádio, imprensa, televisão), baseados na lógica da distribuição que supõe concentração de meios, uniformização dos fluxos, instituição de legitimidades. Na cibercultura, a lógica comunicacional supõe rede hipertextual, multiplicidade, interatividade, imaterialidade, virtualidade, tempo real, multissensorialidade e multidirecionalidade (Lemos, 2002; Levy, 1999).
A contribuição da educação para a inclusão do aprendiz na cibercultura exige um aprendizado prévio por parte do professor. Não basta convidar a um site para se promover inclusão na cibercultura. O professor precisará se dar conta de exigências da cibercultura oportunamente favoráveis à educação cidadã. A arquitetura não linear das memórias do computador viabiliza textos tridimensionais dotados de uma estrutura dinâmica que os torna manipuláveis interativamente. No ambiente on-line, os sites hipertextuais supõem:
a) intertextualidade: conexões com outros sites ou documentos;
 b) intratextualidade: conexões com o mesmo documento;
c) multivocalidade: agregar multiplicidade de pontos de vistas;
d) navegabilidade: ambiente simples e de fácil acesso e transparência nas informações;
e) mixagem: integração de várias linguagens: sons, texto, imagens dinâmicas e estáticas, gráficos, mapas;
 f) multimídia: integração de vários suportes midiáticos (Santos, 2003, p.

Na perspectiva do hipertexto, o professor constrói uma rede (não uma rota) e define um conjunto de territórios a explorar. Ele oferece múltiplas informações (em imagens, sons, textos, etc.), sabendo que estas potencializam, consideravelmente, ações que resultam em conhecimento. O professor estimula cada aluno a contribuir com novas informações e a criar e oferecer mais e melhores percursos, participando como co-autor do processo de comunicação e de aprendizagem.
Na cibercultura, ocorre a transição da lógica da distribuição (transmissão) para a lógica da comunicação (interatividade). Isso significa modificação radical no esquema clássico da informação baseado na ligação unilateral emissor – mensagem – receptor:
 a) o emissor não emite mais, no sentido que se entende habitualmente, uma mensagem fechada, oferece um leque de elementos e possibilidades à manipulação do receptor;
 b) a mensagem não é mais "emitida", não é mais um mundo fechado, paralisado, imutável, intocável, sagrado, é um mundo aberto, modificável na medida em que responde às solicitações daquele que a consulta;
 c) o receptor não está mais em posição de recepção clássica, é convidado à livre criação, e a mensagem ganha sentido sob sua intervenção.
Na perspectiva da interatividade, o professor pode deixar de ser um transmissor de saberes para converter-se em formulador de problemas, provocador de interrogações, coordenador de equipes de trabalho, sistematizado de experiências e memória viva de uma educação que, em lugar de prender-se à transmissão, valoriza e possibilita o diálogo e a colaboração. Os fundamentos da interatividade São três basicamente:
a) participação – intervenção: participar não é apenas responder "sim" ou "não" ou escolher uma opção dada, significa modificar a mensagem;
b) bidirecionalidade – hibridação: a comunicação é produção conjunta da emissão e da recepção, é co-criação, os dois pólos codificam e decodificam;
c) permutabilidade – potencialidade: a comunicação supõe múltiplas redes articulatórias de conexões e liberdade de trocas, associações e significações.
A Internet comporta diversas interfaces. Cada interface reúne um conjunto de elementos de hardware e software destinados a possibilitar aos internautas trocas, intervenções, agregações, associações e significações como autoria e co-autoria. Pode integrar várias linguagens (sons, textos, fotografia, vídeo) na tela do computador. Algumas das interfaces on-line mais conhecidas são chat, fórum, lista, blog, site. Como ambientes ou espaços de encontro, propiciam a criação de comunidades virtuais de aprendizagem. O professor pode lançar mão dessas interfaces para a co-criação da comunicação e da aprendizagem em sua sala de aula presencial e on-line. Elas favorecem integração, sentimento de pertença, trocas, crítica e autocrítica, discussões temáticas, elaboração, colaboração, exploração, experimentação, simulação e descoberta.
As perspectivas para a educação atual não conclui que internet na escola é garantia da inserção crítica das novas gerações e dos professores na cibercultura. O professor convida o aprendiz a um site, mas a aula continua. Professor e aprendizes experimentam a exploração navegando na Internet, mas o ambiente de aprendizagem não estimula fazer do hipertexto e da interatividade próprios da mídia on-line uma valiosa atitude de inclusão cidadã na cibercultura. Assim, mesmo com a Internet na escola, a educação pode continuar a ser o que ela sempre foi: distribuição de conteúdos empacotados para assimilação e repetição. Cada professor, com seus aprendizes, podem criar possibilidades, as mais interessantes e diversas.
 A dinâmica e as potencialidades da interface on-line permitem ao professor superar a prevalência da pedagogia da transmissão. Na interface, ele propõe desdobramentos, arquiteta percursos, cria ocasião de engendramentos, de agenciamentos, de significações. Ao agir assim, estimula que cada participante faça o mesmo, criando a possibilidade de co-professorar o curso com os aprendizes. Essas iniciativas devem acontecer preferencialmente em todas as modalidades de ensino dentre elas Educação Especial, EJA, Série iniciais e assim vai com o único objetivo de contribuir com a formação do cidadão.



PROFESSORA: ANA PAULA                          SÌNTESE DE TEXTO
ALUNA: CRISTINA DASILVA RESENDE       6º PERÍODO

3.3. Desafios da televisão e do vídeo à escola
José Manuel Moran

A televisão, o cinema e o vídeo  os meios de comunicação audiovisuais  desempenham, indiretamente, um papel educacional relevante. Passam-nos continuamente informações, interpretadas; mostram-nos modelos de comportamento, ensinam-nos linguagens coloquiais e multimídia e privilegiam alguns valores em detrimento de outros. Ela alimenta e atualiza o universo sensorial, afetivo e ético que crianças e jovens e grande parte dos adultos - levam a para sala de aula. Como a TV o faz de forma mais despretensiosa e sedutora, é muito mais difícil para o educador contrapor uma visão mais crítica, um universo mais abstrato, complexo e na contramão da maioria, como a escola se propõe a fazer. a fala da escola é muito distante e intelectualizada e fala de forma impactante e sedutora – a escola, em geral, é mais cansativa.
Sendo assim a realidade dos alunos com relação a escola, professores tentam tratar  a diferença de funções e da missão da televisão e da escola. A TV somente entretém, enquanto a escola educa. Justamente porque a televisão não diz que educa o faz de forma mais competente. Os meios de comunicação, principalmente a televisão, desenvolvem formas sofisticadas multidimensionais de comunicação sensorial, emocional e racional, superpondo linguagens e mensagens que facilitam a interação, com o público. A televisão e o vídeo partem do concreto, do visível, do imediato, próximo, que toca todos os sentidos. Mexem com o corpo, com a pele, as sensações e os sentimentos – tocam-nos e "tocamos" os outros, estão ao nosso alcance por meio dos recortes visuais, do close, do som estéreo envolvente. Isso nos dá pistas para começar na sala de aula pelo sensorial, pelo afetivo, pelo que toca o aluno antes de falar de idéias, de conceitos, de teorias.
Partir do concreto para o abstrato, do imediato para o mediato, da ação
para a reflexão, da produção para a teorização. A eficácia de comunicação dos meios eletrônicos, em particular da televisão, deve-se também à capacidade de articulação, de superposição e de combinação de linguagens diferentes imagens, falas, música, escrita com uma narrativa fluida, uma lógica pouco delimitada, gêneros, conteúdos e limites éticos pouco precisos, o que lhe permite alto grau de entropia, de flexibilidade, de adaptação à concorrência, a novas situações.
Há uma crescente dificuldade de comunicação entre o professor adulto e as crianças e os jovens. A forma de organizar a informação e de transmiti-la do professor é mais seqüencial, abstrata, erudita. Crianças e jovens, que navegam intensamente pela Internet, vêem muita TV e participam de contínuos jogos eletrônicos, pensam de uma forma mais sensorial, concreta, plástica, multimídica, "linkada", coloquial. Eles se expressam com muita intensidade emocional e pouca riqueza verbal erudita. Há um abismo que nos separa nas preferências, nos interesses, nas formas de pensar, de pesquisar, de interagir. As crianças são mais rápidas, impacientes, "multitarefas", "multitelas", sempre prontas para fazer, produzir algo diferente e com dificuldade de sistematizar, de formular novas sínteses.
Os adultos, precisam fazer um esforço enorme para transformar a forma de pensar, de integrar imagens, sons e textos, de organizar ao menos hipertextualmente nossa pesquisa e comunicação. Temos de aproximar ao máximo nossa linguagem da dos alunos, nossa abordagem da deles, nossas vivências das deles. O caminho que pode dar certo é focar mais a relação afetiva, gostar dos alunos como eles são, chamá-los para participar, aproveitar todo o potencial para motivá-los, valorizá-los, incentivá-los. A escola precisa observar o que está acontecendo nos meios de comunicação e mostrar isso na sala de aula, discutindo tudo com os alunos, ajudando-os a que percebam os aspectos positivos e negativos das abordagens sobre cada assunto.
Educar com novas tecnologias é um desafio que até agora não foi enfrentado com profundidade. Apenas aconteceu adaptações, pequenas mudanças. Podemos aprender continuamente, de forma flexível, reunidos numa sala ou distantes geograficamente, mas conectados por meio de redes de televisão e da Internet. O presencial torna-se mais virtual, e a educação a distância torna-se mais presencial. Os encontros em um mesmo espaço físico combinam-se com os encontros virtuais, a distância, por meio da Internet e da televisão. Estamos aprendendo, fazendo. Os modelos de educação tradicional não nos servem mais. Experimentar, avaliar e experimentar novamente é a chave para a inovação e a mudança desejadas e necessárias.
















FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ – BELO HORIZONTE
CURSO DE PEDAGOGIA
DISCIPLINA: INFORMÁTICA
PROFESSORA: ANA PAULA                          SÌNTESE DE TEXTO
ALUNA: CRISTINA DASILVA RESENDE       6º PERÍODO


4.3. O que é um bom curso a distância?
José Manuel Moran *

Um bom curso é aquele que nos empolga que nos surpreende que nos façam pensar, que nos envolve ativamente, que traz contribuições significativas e que nos põe em contato com pessoas, experiências e idéias interessantes. Depende de um conjunto de fatores previsíveis e de uma "química", ou seja, de uma forma de juntar os ingredientes de um modo especial, que faz a diferença. No fundamental, tanto um curso presencial quanto um curso a distância de qualidade possuem os mesmos ingredientes: Ambos dependem, em primeiro lugar, de termos educadores maduros, intelectual e emocionalmente, pessoas curiosas, entusiasmadas, abertas, que saibam motivar e dialogar. Pessoas com as quais valha à pena entrar em contato, porque vamos sair enriquecidos.
 O grande educador atrai não só pelas suas idéias, mas pelo contato pessoal. Há sempre algo surpreendente, diferente no que diz, nas relações que estabelece, na sua forma de olhar, na forma de comunicar-se, de agir. „ Ambos dependem também dos alunos. Alunos curiosos e motivados facilitam enormemente o processo, estimulam as melhores qualidades do professor, tornam-se interlocutores lúcidos e parceiros de caminhada do professor-educador. Ambientes ricos de aprendizagem, uma boa infra-estrutura física: salas, tecnologias, bibliotecas não são suficientes para um curso a distancia seja considerado bom. Um bom curso é mais do que conteúdo, é pesquisa, troca, produção conjunta.    A aprendizagem não se faz só na sala de aula, mas nos inúmeros espaços de encontro, de pesquisa e de produção que as grandes instituições propiciam aos seus professores e alunos.
Um curso de qualidade depende muito da possibilidade de uma boa interação entre seus participantes, do estabelecimento de vínculos, de fomentar ações de intercâmbio. Quanto mais interação, mais horas de atendimento são necessárias. Uma interação efetiva precisa ter monitores capacitados, com um número equilibrado de alunos. Um bom curso de educação a distância procura ter um planejamento bem elaborado, mas sem rigidez excessiva. Permite menos improvisações do que uma aula presencial, mas também deve evitar a execução totalmente hermética, sem possibilidade de mudanças, sem prever a interação dos alunos. Existe a necessidade de uma flexibilidade, adaptar-se às diferenças individuais, respeitar os diversos ritmos de aprendizagem, integrar as diferenças locais e os contextos culturais. Respeita os estilos de aprendizagem e as diferenças de estilo de professores e alunos. Personaliza os processos de ensino-aprendizagem, sem descuidar do coletivo.

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